Auto tortura



É tortura sim, eu te digo, não adianta,
o sofrimento brota, das lembranças,
do medo, da tristeza, das coisas. Canta!!!
Canta, e vai por ai, nessas andanças.


Mas a dor é tanta. Ah! merda, já tomei
de tudo, Diazepan, Floratil, Albumina.
Já lí Manoel Bandeira e Cora Coralina.
Mas a dor, não passa, é tortura. Eu sei.


É tanta que confesso. O que quiseres, agora
pára. Deixa a minha mente em paz, sozinha.
Eu não falei isso e essa lembrança não é minha.
E esse passado que não foi é de outrora.


É com o futuro que me importo agora, nessa hora
de lucidez antes da lembrança-choque, do pau-de-arara.
E a boca grita o sentimento irado, que escancara,
como a enxurrada que desce arrastando memórias rio afora.



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E feito isso, a vida volta e a dor espera...
Espera o momento certo de voltar a doer...

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